Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda.
Essa é uma década marcada pela diversidade de estilos que convivem harmoniosamente. A moda seguiu cada uma dessas tendências, produzindo peças para cada tipo de consumidor e para todas as ocasiões.
O movimento grunge (inspirado em grupos como Nirvana e Pearl Jam) ganha força entre os jovens, invadindo o guarda-roupa de toda uma geração. As camisas de flanela, as meias coloridas, os jeans rasgados e os tennis all star viram uniforme. Uma oposição clara ao culto do exagero.
A camisa xadrez, aliás, foi uma verdadeira coqueluche presente mesmo nos armários dos rapazes mais tradicionais, os mauricinhos.
As calças semi bags, muitas vezes usadas com mini blusas, e as ombreiras também eram febre. As mulheres não dispensavam as ombreiras nem ao usarem camisetas. Foi aí que surgiram os soutiens de ombreiras.
A cintura era alta e saias longas (ou as calças bags) usadas com mini blusas é tão característico da época qto a camisa xadrez.
Na segunda metade da década, a moda passou a buscar referências nas décadas anteriores, fazendo releituras dos anos 60 (cores claras, tiaras) e em seguida dos 70 (plataformas em tamancos e modelos fechados, geralmente desproporcionais), tudo mesclado à modismos dos anos correntes. Surge as primeiras calças de cintura mais baixa, que virariam febre nos anos 2000, e corte mais reto.
A moda dos anos 90 estimula a individualidade e a diversidade, em direção a um estilo próprio. É um esboço do que viria pela frente no próximo milênio. A coexistência de vários estilos étnico, religioso, fetichista, clubber e desconstrutivista criam um aspecto confuso e multilacerado, típico de fim de século.